11/05/09

Entrevista a Armando Parente


Olá! Hoje, a entrevista é ao piloto português Armando Parente.
Este piloto já ganhou o Open Masters Italiano ICA (Karting) em 2005 e a Fórmula Masters ADAC em 2008.
Também participou no A1GP como piloto rookie na ronda da Malásia de 2008-09.

Aqui está a entrevista:

1) – Como começou a sua paixão pelas corridas de carros?
O meu pai foi piloto de velocidade e de ralis e desde muito pequeno que me levava a ver as suas provas, por isso foi uma paixão que desenvolvi praticamente desde bebé.

2) – Na sua opinião qual foi o melhor momento da carreira? Porquê?
Creio que tive 2 grande momentos. A minha primeira vitória no Open Masters na ICA em 2005, porque foi o meu primeiro grande sucesso internacional e porque eu era o único piloto com pneus Dunlop e ninguém acreditava que era possível ganhar corridas com esses pneus. O outro grande momento acho que foi todo a ano de 2008. Acho que não tive nenhuma daquelas corridas brilhantes que um piloto só faz uma em 1000 mas acho que tive um ano brilhante, com muitos poucos testes e sempre a pensar no objectivo final, o campeonato, tendo cumprido o objectivo que tinha traçado no início do ano, apesar de todos os problemas financeiros.

3) – Na sua opinião qual foi o pior momento da sua carreira? Porquê?
Sem duvida o ano de 2006, porque era piloto oficial Dunlop e nesse ano os pneus estavam muito lentos e para um piloto como eu que corre sempre para ganhar, ir para um fim de semana a saber que o objectivo era não ficar em último foi simplesmente horrível

4) – Quem é o piloto (ou pilotos) que gosta mais de enfrentar nas pistas?
Essa é difícil… nos formulas não houve nenhum piloto que me desse um particular gozo lutar mas nos karts houve 3 que me deram particular gozo. Lembro-me do quando ainda estava no início da minha carreira com 12/13 anos e de os ver a correr em Braga. O Davide Foré, o Sauro Cesseti e o Marco Árdigo.

5) – Já tem certezas para esta época de 2009 que se avizinha?
A única certeza que tenho é que neste momento estou no faculdade. A nível de corridas, sinceramente acho que este ano não vai haver nada simplesmente porque não há dinheiro nem patrocinadores.

6) – Como todos sabemos, está, e sempre esteve, com bastantes dificuldades em angariar apoios. O Armando, como piloto talentoso que é, sente que o seu trabalho não é reconhecido/divulgado o suficiente?
Eu penso que o meu trabalho é reconhecido pelas pessoas que estão dentro do meio e os órgãos jornalísticos ligados ao desporto automóvel têm divulgado o suficiente. O problema é que não houve divulgação, nem por parte da TV, nem pelos jornais desportivos nem pelos jornais generalistas.

7) – Se eventualmente não puder seguir a sua carreira nas corridas de automóveis, que aspirações tem para o seu futuro profissional? 
Sinceramente não sei bem. Tenho a ideia de vir a ser engenheiro de pista mas não é o meu sonho. Mas de certeza que gostaria de ficar ligado aos automóveis e de preferência á competição.

8) – Tem alguma superstição ou amuleto para antes das provas?
Não. A única coisa que gosto de fazer é ouvir música rock (de preferência hard-rock) antes das provas mas não é superstição é simplesmente para relaxar (eu sei que parece estranho “rock para relaxar” mas resulta).

9) – Pode deixar uma mensagem para os seus fãs?
Nunca desistam dos vossos sonhos! Eu já tive para parar de correr duas vezes por falta de dinheiro e ainda aqui estou (espero que á terceira não seja de vez).

Como de costume pode ler a versão em inglês, aqui:

Para a semana, a entrevista será ao piloto espanhol de GT’s Alvaro Barba 

Sem comentários:

Enviar um comentário